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Incerteza nas barracas da Praia do Futuro

abril 18, 2011

A Praia do Futuro é um dos principais pontos turísticos de Fortaleza, pois é a única das praias urbanas que permite banho de mar. E muito do sucesso da praia deve-se às também famosas barracas da Praia do Futuro, como a Crocobeach, a Vira Verão,  a América do Sol e diversas outras.

Essas barracas existem na praia há mais de 30 anos. No início, eram apenas barracas, com paredes de madeira e teto de palha; com o tempo, foram sendo ampliadas e modernizadas, e hoje constituem verdadeiros centros de lazer à beira-mar, com piscinas, playgrounds, espaços para shows, etc (lógico, sempre cumprindo sua função original, de servir peixe frito, cerveja gelada e outros petiscos gastronômicos).

Existem em torno de 160 barracas na Praia do Futuro, das quais aproximadamente 120 estão em funcionamento. O vídeo abaixo mostra a infraestrutura de uma das maiores barracas, a Crocobeach.

Mas há um problema: as barracas foram construídas sem autorização da Prefeitura; e pior: sabe-se agora que elas ocupam uma Área de Proteção Permanente (APP). Em vista dessas ilegalidades, o Ministério Público desde 2010 solicitou à Justiça a demolição das barracas; a Câmara de Fortaleza tentou encontrar uma solução legal para o caso, mas até o mês passado ainda se falava na derrubada das barracas.

O que fazer? Preservar um reduto turístico ou obedecer à lei?

Semana passada, a Câmara organizou uma pesquisa entre os próprios frequentadores da Praia do Futuro, a maioria fortalezences e cearenses. Foram entrevistadas quase 2000 pessoas, e o resultado foi: 914 pessoas não querem mexer nas barracas, 130 concordam com a demolição, e 910 preferem que haja um reordenamento das barracas, de forma a enquadrá-las nas exigências legais.

Há alguns anos, as antigas barracas de madeira de Ponta Negra, em Natal, também foram demolidas; prometeu-se que seriam substituídas por barracas com melhor estrutura, mas isso não foi feito. No Recife, as barracas foram recentemente modernizadas, mas continuam a vender apenas água de côco, refrigerantes e bebidas (não servem comida preparada). João Pessoa tem excelente oferta de barracas à beira-mar, com boa infraestrutura (água corrente, eletricidade) e instalações para preparo de comida.

Cumbuco

fevereiro 24, 2011

Para quem mora na cidade de São Paulo (onde não há praia) ou no Rio de Janeiro (onde os cariocas amam suas praias), pode parecer estranho ler isso: as classes média e alta de Fortaleza não costumam frequentar as praias da cidade; em Fortaleza, a explicação é que as praias de Meireles, Iracema e Mucuripe não são apropriadas para banho, e a Praia do Futuro, embora tenha água limpa e morna, fica distante e é tomada por barracas e “mundiça”.

O mesmo, aliás, ocorre em outras capitais do Nordeste. A classe média do Recife não vai a Boa Viagem, e sim a Porto de Galinhas ou, mais recentemente, à Costa do Paiva. Em Natal, a preferência é por Búzios, Muriú, Jacumã (Pipa é para turistas e gringos). Em João Pessoa, muitos ainda ficam nas praias urbanas, que são bastante preservadas, mas outros vão a Intermares e Cabedelo.

Em Fortaleza, uma das praias vizinhas preferidas é Cumbuco (Canoa Quebrada e Jericoacoara ficam distantes), praia a 30 km da capital, no município vizinho de Caucaia.

Essa reportagem sobre Cumbuco explica um pouco o porquê da popularidade do local:

Afirmar que Cumbuco é uma das mais belas praias do Ceará não é exagero. Basta olhar ao redor e conferir o cenário paradisíaco. Mas, o popular bate-e-volta, vendido por agências de turismo receptivo de Fortaleza, mudou. Não dá apenas para ver um pouquinho de tudo do lugar e ir embora. Cumbuco merece ser vivida sem pressa de partir.

Com o passar dos anos, a praia tem se adequado às exigências de quem a visita. Agora, a natureza singular se alia à infraestrutura. Cumbuco já conta com mais de 40 pousadas e hotéis – alguns de categoria internacional, como o resort Vila Galé Cumbuco -, além de gastronomia singular, que pode ser degustada em mais de 20 restaurantes de diversas especialidades. A pequena distância de Fortaleza – apenas 30 quilômetros – facilita o deslocamento até lá, realizado por estrada em bom estado de conservação.

No fim da tarde, a maior pedida é apreciar o pôr do sol do alto de uma das dunas do Cumbuco ou à beira-mar. A noite vai chegando e o agito se transfere do mar e das lagoas para restaurantes, pizzarias, churrascarias e creperias espalhadas pelo destino, que se transformam em verdadeiros “points” de jovens. A animação é total, aquecida pela boa música e drinques especiais.

As noitadas de alegria se completam com a saborosa gastronomia, em que a diversidade é a marca registrada. Não é difícil encontrar o que há de mais delicioso na culinária regional, nacional e internacional. Os pratos à base de peixe, lagosta e camarão são os mais pedidos, embora muitos não dispensem um apetitoso churrasco ou crepes à beira-mar.

Festival da Lagosta em Icapuí

outubro 3, 2009

Icapuí é município litorâneo cearens no extremo leste do Estado, fazendo divisa com o Rio Grande do Norte; de Canoa Quebrada, partem buggies que fazem o roteiro entre aquela praia e Icapuí, passando por diversas outras praias paradisíacas, como Ponta Gorda.

Icapuí integra o Fórum de Turismo e Cultura do litoral leste e insere-no no roteiro turístico Rota das Falésias – Cenário de Cores.

mapa-icapuiIcapuí é um dos maiores produtores de lagosta do Ceará, a maior parte  delas caçadas de forma artesanal. De 2 a 4 de outubro, a cidade sediará o IV Festival da Lagosta de Icapuí. O Festival é uma promoção da Associação Grupo de Desenvolvimento do Turismo em Icapuí – GDTur, com o apoio do SEBRAE Ceará e da Prefeitura Municipal de Icapuí.

O Festival da Lagosta constitui-se em evento estratégico para Icapuí, com o propósito de agregar valor ao potencial turístico do município, promover o aumento do fluxo de turistas, divulgar a gastronomia e a cultura locais, gerando oportunidades de abertura de canais de comercialização dos produtos artesanais e incentivando o crescimento e profissionalização do segmento de turismo.

A programação do Festival prevê também cursos de capacitação e qualificação dos profissionais do setor de turismo e oficinas  de capacitação para os pescadores de lagosta; com alguns cuidados na manipulação e conservação da lagosta “in natura”, pode-se agregar valor ao produto e obter melhores preços de mercado.

Além disso, está prevista uma mesa redonda de discussão dos problemas referentes à pesca da lagosta; está prevista a participação do Labomar, Marinha do Brasil, IBAMA, Fundação Brasil Cidadão e associações locais de pescadores. Uma outra mesa redonda, com participação da MTur, Secretarias de Turismo do Ceará e de Icapuí,  GDTur e SEBRAE, discutirá o desenvolvimento sustentável do turismo no município.

O ponto alto do festival, evidentemente, será a degustação de lagostas, em salão-restaurante com música ao vivo, com diversos pratos à base do crustáceo. Uma mostra de arte, artesanato e fotografias será apresentada no mesmo local, expondo os saberes dos artesães de Icapuí e do fotógrafo Tibico Brasil.

Na Praia de Barreira das Sereias, shows musicais terão apresentações com chorinho e saxofone ao pôr do sol, concertos de sanfona e violão, música nordestina, forró pé de serra e apresentações de músicos locais.

Taí uma excelente combinação de praias, cultura e gastronomia. Se não der para vir esse ano, marque para o ano que vem. Abaixo, um filme mostrando a Praia de Icapuí.

As praias de Fortaleza

setembro 19, 2009

A área urbana de Fortaleza compõe-se de quatro praias principais.

praias-fortaleza

A Praia do Futuro fica no lado leste, e é a mais distante do centro; por isso, teve ocupação mais recente (até hoje, há diversos espaços ainda inocupados) e está melhor preservada.

Das praias de Fortaleza, é a mais recomendada para banhos e esportes aquáticos; exceto pelo trecho próximo ao porto, toda a Praia do Futuro apresenta boas condições de balneabilidade (verifique situação das praias de Fortaleza no site da Secretaria de Meio Ambiente do Ceará). Para entreter os banhistas, foram criadas diversas barracas na Praia do Futuro; as barracas cresceram e hoje oferecem uma ampla infraestrutura, que permite que adultos, jovens e crianças passem todo o dia à beira-mar.

Caminhando para oeste a partir da Praia do Futuro, passa-se pela área do porto, que inclui moinhos, depósitos e o antigo Farol de Fortaleza; a área é de passagem obrigatória para quem vai à Praia do Futuro, mas não é muito segura, e por isso deve ser evitada pelos turistas.

Passado o Porto, chega-se ao Mucuripe, facilmente identificável pelo grande número de jangadas que, entre as jornadas mar adentro, ficam estacionadas na areia da praia; o Mucuripe abriga também um mercado de peixes (com recebimento diário de camarões, peixes e frutos do mar frescos) e alguns bons restaurantes.

Vizinha ao Mucuripe, tem-se a praia do Meireles, que abrange o Clube Náutico e a feirinha da beira-mar. O Meireles é a praia mais próxima ao bairro da Aldeota, onde vive a classe média alta de Fortaleza. É no Meireles que se encontram os hoteis de Fortaleza construídos mais recentemente, e onde há maior profusão de serviços turísticos (restaurantes, operadoras de tours, locadoras de automóvel, etc).

E no extremo oeste de Fortaleza, encontra-se a Praia de Iracema, a mais próxima do centro da cidade (pode-se caminhar da praia até o centro histórico). É o maior reduto boemio de Fortaleza, concentrando diversos clubes, boates e restaurantes (o ponto mais conhecido é o Pirata). Durante o dia, os pontos mais visitados são o Centro Cultural Dragão do Mar e a Ponte dos Ingleses, essa um dos pontos preferidos para fotos.

Um roteiro seguido por muitos turistas é caminhar desde o Mucuripe até Iracema. Por todo o percurso, o calçadão oferece, além da vista e da brisa (durante o dia, é recomendável beber bastante líquido e utilizar protetor solar), diversas opções de entretenimento; uma parada num quiosque, assistir a um volei na praia, uma compra na feirinha, um sorvete do outro lado da rua, etc.

Não há, no Nordeste, praias que ofereçam um passeio como esse. A orla de Recife é tomada predominantemente por edifícios residenciais; em Natal, os trechos caminháveis são curtos, e bastante espaçados entre si; em João Pessoa, embora o trecho seja também longo, não há a mesma abundância de serviços turísticos ao longo da praia; e Noronha é para quem aprecia caminhadas ecológicas.

Camocim

setembro 5, 2009

Jericoacoara é a vizinha famosa, eleita pelo jornal The Washington Post como uma das dez praias mais belas do mundo. Jeri (como é mais conhecida) atrai multidões de turistas e hoje é o terceiro destino mais visitado do Ceará (atrás da capital Fortaleza e de Canoa Quebrada).

Entretanto, quem seguir alguns quilômetros na direção oeste terá outra surpresa:Camocim. Dunas brancas, praias virgens, lagoas límpidas e mangues preservados compõem o visual desse município que sobrevive da pesca e do incipiente (mas crescente) turismo. O agito de Jeri não é encontrado nos domínios de Camocim, é verdade; mas, depois de percorrer os mais de 60 quilômetros de faixa litorânea camocinense e conhecer o ecossistema da região, quem ainda precisa de agitação?

Fundada em 1879, Camocim foi um importante porto comercial durante o século 19. De lá, as mercadorias seguiam em comboios de trem para abastecer o interior do Estado. Hoje, a cidade perdeu a imponência dos tempos passados e a sua arquitetura é marcada por pracinhas arborizadas e modestas casas coloridas.

A distância de Fortaleza é grande – são 375 quilômetros e a viagem de seis horas é cansativa. Entretanto, depois de cruzar a placa que anuncia a entrada da cidade e vislumbrar um cenário que mistura manguezais, coqueirais, dunas e praias, o turista perceberá que o esforço é recompensado.

Na área urbana, o mercado central e as lojas de artesanato são as maiores atrações. O primeiro vende objetos rústicos como potes de barro  e as famosas redes de tucum (uma palha típica da região), além de comidas típicas como o chá de burro (uma espécie de munguzá – aviso aos paulistas: o munguzá do Nordeste é o que os paulistas chamam de canjica, doce de milho em caldo de leite).

O artesanato local está em toda esquina com preços variados; a Associação Camocinense de Artesãos, que fica à beira-mar, vende desde cachaças típicas a luminárias de catemba de coco e pinturas de artistas locais. A antiga estação ferroviária (que hoje abriga um dos campi da Universidade Vale do Acaraú), o pier e o cemitério de navios são outros pontos que merecem ser visitados.

Se a intenção é entregar-se exclusivamente à natureza, que tal um agradável passeio subindo o rio Coreaú com suas diversas ilhas? Se você gosta de aventura, a sugestão é dedicar-se às inúmeras trilhas por labirintos de dunas, de onde surgem paisagens inacreditáveis. Se está viajando a dois, nada mais romântico que um lual mágico na Ilha do Amor, entre o rio Coreaú e o mar, onde se pode revezar os banhos de água doce com os de água salgada. Passear pela Avenida Beira-Mar, contornada pelo próprio rio Coreaú, é outro dos programas imperdíveis. Ir até o Lago Seco, que fica na zona urbana de Camocim, também está na lista de atrativos, principalmente por contar com uma ótima infra-estrutura de serviços de bar e restaurante. Lá você encontra, inclusive, pizzas e churrascos. Outro lago que merece a visita é o do Boqueirão, com suas águas cristalianas e paisagens selvagens.

Entre as praias, a principal é a de Maceió, emoldurada por lindos coqueirais e o mar turquesa. Outra que merece ser conhecida é a Praia do Xavier, vilarejo de pescadores que leva à maravilhosa riqueza natural da Barra dos Remédios. Para visitar praias mais afastadas – e praticamente inexploradas – como Barrinha e Imburanas, a dica é alugar um buggy ou um 4×4. Se houver disposição, conheça a última praia do Ceará, o Pontal do Bitupitá, que tem 10 praias primitivas e inúmeras lagoas.

Veja abaixo vídeo com as belezas do Camocim:

Curta Canoa

setembro 1, 2009

Começa nesta quarta-feira (2 de setembro) a 5ª edição do Festival Latino Americano de Curta-metragem de Canoa Quebrada, mais conhecido como Curta Canoa.

O Festival terá eventos realizados em um Pólo de Lazer construído na vila de Canoa Quebrada, e também em instalações no município de Aracati; a abertura do evento ocorre hoje às 19h30 e as exibições se estenderão até terça-feira, dia 8.

O acesso é livre e gratuito para o público geral.

No evento, além de oficinas e mostras especiais (sobre meio ambiente, cinema digital e outros tópicos), será mostrada um pouco da identidade latino-americana através das telas.

Serão exibidos curtas-metragens (com duração de 20 minutos) nacionais e estrangeiros, em vídeo e película, nas seguintes categorias: documentário, animação, ficção e experimental (ver a programação do Curta Canoa).

O V Festival Curta Canoa é promovido pela Associação dos Empreendedores de Canoa Quebrada (ASDECQ), SEBRAE Ceará e Prefeitur de Aracati, com apoio da Lei Rouanet e da Lei Estadual de Cultura.

Trata-se de uma ótima oportunidade para assistir a curta-metragens de qualidade e ao mesmo tempo curtir uma das praias mais bonitas do Brasil.